O
medo.
Tenho
medo do medo.
Tenho
medo de voar sobre o medo,
Quando
o medo,
Corre
velozmente até à Foz.
Quando
a Foz, com medo,
Esconde-se
no medo da voz.
O
medo.
O
medo do medo, como eu, com medo, me escondo na noite com medo.
O
medo das palavras.
O
medo da ausência de que partiu com medo.
As
palavras do medo, quando o livro do medo, fica poisado no medo da mesa-de-cabeceira.
E
eu,
Com
medo,
Brinco
no medo da eira.
Ai
o medo!
O
medo de amar.
O
medo do medo de não ser amado com medo.
O
medo das flores,
As
flores do medo,
Sós,
No
jardim do medo.
O
medo de caminhar,
O
caminhar junto ao mar, com medo,
Com
medo de zarpar.
Francisco
Luís Fontinha – Alij´p
26/10/2019