Talvez seja um positrão,
talvez seja o sono
a espreguiçar-se, na boca
de um electrão
podia ser o vidrão, ou as
sobejantes memórias de várias garrafas de uísque
talvez seja um círculo,
um círculo com olhos verdes e mil sonhos desfeitos
talvez, até, talvez até
tenha sido um preguiçoso melão em busca do tempo perdido
talvez seja o proust, no
sono de uma lágrima
talvez seja uma clarabóia
despedindo-se
da luz
ou de ontem quando a
noite corria sobre o chão invisível da tua sombra
Talvez seja tudo
talvez, talvez não seja
nada.
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