Se tu quiseres eu serei também o teu poema de luz e o teu desejo de um livro, das nuvens
o teu corpo nu amo-te mais secreto e beijo,
cada palavra outra janela amada, se tu quiseres
o beijo de uma pedra
na saliva do teu cabelo,
a razão do sol e da terra e da chuva e da tua voz quase o infinito universo na noite.
Se tu quiseres eu serei também o mar que não é uma mentira, mas um silêncio no teu olhar.
Se tu quiseres, não te escrevo para que o rio recusando beijar o corpo, não tenha medo da equação das minhas mãos.
Se tu quiseres eu serei também o teu poema de luz e o teu desejo de um livro, quase abraço quase que uma pequena pétala,
quase que te toco, não
não sei quem foi que me espetou esta sílaba de desejo, por ti neste corpo que transpira pequenas gotinhas de paixão.
Se tu quiseres,
o beijo da chuva na boca escorre o sargaço e uma pedra sendo o sombreado mar envenenado e só.
Só.
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