quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Em deus as tuas coxas princesa procuram o meu nome numa fotografia

Em deus as gotinhas do milagre, tocar-lhes com os lábios vermelhos e acariciar os dedos da chuva, 

os pássaros estão em nós, depois o teu corpo é um pedaço de vidro que lança o mel na boca do sol, 

a fogueira é o poema na vagina da terra, o corpo charrua sob as nuvens envergonhadas está na tua voz, quase 

que é solidão, soldado quase solidão cidade, as desculpas do momento. 


Em deus as tuas coxas princesa procuram o meu nome numa fotografia, a pele branquida na tumba madrugada, quase bala 

quase palavra de luz, 

em deus o teu cabelo saboreando as lágrimas do vento, e da terra lavrada uma ténue ausência na saliva do meu cigarro. 


Quase cigarro, 

nada quase o cigarro que morre na boca do inferno. 

Em deus quase nada, 

quando o teu seio é uma flor de água no ventre da manhã primavera.


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