Em deus a tua mão besuntada em deus a espiral mãe não sombra desta casa,
Em deus gotinhas que a lua sémen deixou sobre a paixão,
O corpo que toca o céu, que comece
A primeira lágrima da madrasta, em deus
O cabelo distribuído uniformemente como uma força invisível, dói
Arrancar as flores da tua mão outro dia outra coisa para a tua lentidão em desenhares um abraço, no meu sorriso
E se dói, meu amor
Ver a lareira a desaparecer por entre a noite e o teu rosto pousado no sono, ou no sonho
No mar envenenado a terra toda molhada não sendo o sombreado deste pobre menino, não têm as nuvens
Pálpebras de luz, migalhas de sono mas
Talvez
Lentamente voando sobre um relógio, a razão
O amor sincero de uma estrela, mas
E depois? E quando morrerá a solidão de Novembro?
Em deus gotinhas que não têm nada haver em ti também ausente, destes arautos comestíveis que apenas o poema consegue fumar, dentro de ti
O centro da vida, uma nova palavra, outra pessoa que seduz a paixão com os teus olhos, estou aqui
Meu amor,
Aqui se deus quiser, quando o quiser...
Um só nome no teu cabelo.
De deus gotinhas que não têm o fogo como alicerce desta cidade perdida, não
Não sombra também os teus olhos
E se a tivessem o que diria o senhor João de toda esta tragédia; amar uma pedra.
Uma janela amada
E eu serei também amado? De deus gotinhas de sémen que irrompem casa adentro, o rio recusando
A carica da tua não sombra também sempre ausente de mim,
Também
Ausente destes dias não sombra, também
Dizer-te que poderá o poema
Envenenar o sorriso de uma pedra, a crescer
Sobre a terra toda uma lâmpada destinada a desmaiar depois de o teu corpo nu
Escrever no meu coração nu; amo-te.
Em deus, o teu corpo luz nua e talvez seja um desenho desejar-te
Quando te escrevo e adormeço quase canção ou quase morte
Depois deus sabendo das minhas fraquezas, atormenta-me e
Em deus gotinhas que não têm corpo nem nenhuma espuma para a eternidade. Saberá deus que o teu corpo é uma pedra na saliva do desconhecido? Em deus gotinhas que
Talvez uma sandália no pé da tarde quase a desaparecer no capim tua púbis amanhecer de uma lágrima, a terra
Sobre o mar envenenado, não
Não talvez
Dizer-te que poderá o poema ser lua, na pedra
Em deus gotinhas de sono, mas e depois? Ausência, triste
O dia outra pessoa, outra coisa uma coisa que não sombra...
Em deus o teu seio transpira pequenas gotinhas que não têm corpo, mas
Mas que pertencem ao teu silêncio.
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