segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Amores floridos

Amores floridos se as árvores estão em nós depois da chuva,

A água tão tranquila como os teus olhos que se escondem no chão terra toda uma coisa que não tem corpo, o desapego mártir universo da luz, desassossegando o poema na vagina de um livro, das tuas coxas a seara noite capaz de destruir a casa do soldado em paz com a morte, o chá acalma os teus seios de céu milagre, tocar-lhes com a língua do luar,

E eu toco a tua mão com o meu olhar para o teu cabelo se acalmar, acaricio a tua mão e o teu cabelo,

E quão bela adormecida és!


Flores prometidas que um relógio de parede deixou sobre o prato, com a faca retalho cada pedaço até ter apenas migalhas,

Depois a lareira encarregar-se-á do restante, e és uma janela amada e com vista para o mar, e eu

Um parvalhão sem projectos sonhos vida noite paixão,

Subindo escadas,

Descendo escadas até à cave do inferno. Ainda respiro, meu amor

E peço desculpa e peço a esta lareira que me acuda, mas

Como sabes, a função da lareira é apenas aquecer e decorar a sala.

Cada milímetro desta tristeza apenas gotas de uma sílaba em putrefacção constante da timidez meu corpo,


As mulheres estão em deus o meu destino, mas

Aqui está a minha vida quase noite que é e quase que sou atropelado por uma mão invisível e destemida, olho o sorriso do sol poema que seduz o sombreado mar, envenenado

Estou pelos teus olhos.

E depois de olhar percorro todo o labirinto que dorme dentro de mim, a casa tem de morrer

Tudo apenas o meu destino mas eu não sei se a casa me vai olhar como eu sou, também não me interessa como a casa me vai olhar.


Amores floridos e flores prometidas e as mulheres de deus tudo a mesma coisa, uma pedra na mão do comboio, o assobio da tua voz quase tão cristalina como a água. Voas sem saber que no infinito há um relógio igual ao meu, não em migalhas, mas fatiado

O sono é sinónimo de uma janela também amada como tu, mas eu também ausente destes arautos comestíveis que apenas me escrevem quando a noite já mais nada absorve, a não ser, coisas sem nome.


Penso em ti, leio e escrevo e como chocolate... E

E, quando morrer que seja de noite para olhar as estrelas...


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