imagino as incógnitas que
vivem na tua cabeça
tento perceber as
equações do teu empobrecido coração
geometricamente
não consigo determinar a
posição do teu corpo no espaço tridimensional...
e tudo parece tão simples
normal
imagino a integral dos
teus seios pintados de encarnado
e reflectidos no prisma
que se esconde na teoria das cores
dos cheiros
e sabores
imagino a equação
diferencial das tuas alegres coxas
quando se despedem da
tarde as gaivotas triangulares
imagino o silêncio
vestido de negro
caminhando sobre o arame
da solidão
lá em baixo o público
enfurecido olha-te como se fosses um cartaz perdido no vento
balançando
dormindo
chorando
e imagino as incógnitas
que vivem na tua cabeça
os círculos
trigonométricos do teu púbis amargurado
cansado de mim
talvez... apaixonado por
mim
talvez
porque
tridimensionalmente... não consigo determinar-te no espaço só e vazio
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