apetece-me comer-te
morder os teus lábios em
chocolate
fervilhar como tu dentro
de uma chávena de chá
olhar-te
saborear-te quando entras
em mim
pela manhã sem manhã
mastigar os teus olhos de
néon
sem que tu percebas que
os teus olhos são comestíveis como as castanhas
no Outono
sentados a uma lareira
invisível
enquanto eles se dissipam
através da chaminé do desejo
voando sobre os velhos
telhados da tua aldeia
apetece-me comer-te
saborear-te como saboreio
um copo com água
como saboreio as
gotículas de suor do teu corpo bronzeado...
mastigar-te e saborear-te
e engolir-te
como se tu e os teus
olhos e a manhã sem manhã... fossem pedaços de vento
também eles comestíveis e
saboreáveis...
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