quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Infinito Inferno

 

Se eu me perco mar adentro

dizes que sou um barco desgovernado

em sofrimento

um barco aparvalhado,

 

E nem gota de água consigo ser

nem tão pouco um papagaio de papel

não sou palavra de escrever

nem ponta de cordel,

 

Se eu me perco perdido vou andar

quando da noite de Inverno

a nossa lareira se apagar,

 

Livremente só como as árvores em flor

perdidamente alegre dentro do infinito inferno...

no indiferente amor.

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