as coisas sem nome
que absorvem o meu
cansaço
as coisas longínquas
entre pedaços de esperma
e insignificantes abraços
as coisas sem nome
que vivem tristemente no
silêncio da neblina
à coisa pouca que o meu
olhar ilumina...
as coisas que tu escondes
os nomes que inventas nas
páginas de um livro
as letras doentes
às letras dormentes
sofredoras no peito da
paixão
as coisas mortas e mornas
quando a lareira dos teus
lábios
desce às profundezas da
demência...
e um corpo amorfo flutua
no tecto da noite embriagada
as coisas sem nome
as coisas disfarçadas de
fome
que vivem e sobrevivem às
tempestades dos abraços
em laços
sem nome
as coisas
as coisas imperfeitas dos
muros da cidade dos queijos...
as coisas das coisas em
planícies agrestes
os beijos
das coisas
em coisas...
caminhos pedestres
bocas magoadas
inchadas
dos fumos cinzentos das
plantas sem nome
as coisas das coisas em
coisas às coisas com fome
Sem comentários:
Enviar um comentário