terça-feira, 1 de outubro de 2024

As janelas invisíveis da solidão

 

No teu corpo de giz

incendeia-se a ardósia da noite

do teu corpo

o giz das palavras ocas

sem o destino prometido

 

uma luz de silêncio

entra em ti

e atravessa as paredes das tuas mãos

 

o silêncio de deus

 

o buraco da noite nos teus lábios

quando a ardósia se dissipa na tua boca

e dos teus cabelos

o vapor de giz em delírio nas quatro paredes

do vento

tudo em ti

são pequeníssimas partículas de pólen

nas janelas invisíveis da solidão...

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