a peso da lua
quando o beijo invisível
se mistura no luar
e os peixes voadores
em silêncios dispersos
há uma mão que balança
dentro do cortinado do abismo
o medo subtrai-se à
complexa matriz transposta
e que nas horas de vazio
submerge nos ziguezagues
da morte
a luz selvagem dos olhos
que me odeiam
entre as flores pintadas
no muro da escola
e as estrelas nos lábios
das gaivotas adormecidas
(sinto-me cansado
de olhar o mar
sem ondas e sem sonhos
como uma seara incendiada
pelo peso da luz)
morre o meu último barco
que imaginei
construir na Baía de
Luanda...
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