sexta-feira, 6 de setembro de 2024

teus olhos, onde voo

Voo nos teus olhos, meu pedacinho de silêncio

cânfora manhã dos primeiros pingos de chuva

flor aliena que nas minhas mãos se ergue em direcção ao céu

terra que se esconde nas lâminas de espuma do teu corpo

teus olhos, onde voo

quando acorda o dia.

 

Voo nos teus olhos, minha pétala de insónia

meu livro de poesia, onde escondo a noite

e mergulho neste labirinto que apelidaram de vida

corpo submerso no teu corpo

e se na tua mão acordar uma flor desenhada…

isso é

(impulse),

paixão vestida de desejo.

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