sábado, 7 de setembro de 2024

sonho sem nome

 

nunca foste um sonho,

no entanto,

sonho-te. adormeço nos teus braços, invento círculos de luz na esplanada do amanhecer, o sol acorda, esfregas os olhos

e voa para os teus lábios.

nunca foste um sonho, mas sonho-te

a cada silêncio do meu peito. e percebo na alvorada, quando o teu cabelo ainda é espuma do mar, que as montanhas desenham na noite

corações de areia.

nunca foste um sonho e sonho-te e desejo-te

cada vez mais, como a ribeira…

quer cada vez mais,

água.

sonho-te e nunca foste um nome,

e quem sabe,

sejas apenas um sonho,

sem nome.

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