pedaços de carne
despedem-se de
petroleiros em ruínas
vem o vento
e leva todas as gaivotas
para o mar da insónia
dentro do oceano da
amargura
algas
solidões sem asas
e pássaros disfarçados de
peixes voadores
e petroleiros
na saudade
em pedaços de carne
e sumo de vento
quando no final do dia
regressa o pôr-do-sol
vem o lilás dos vidros
oculares da lua
e oiço os teus olhos
em voos circunflexos até
aos lábios de deus
e sei
vais ser feliz
dizem eles
(solidões sem asas
e pássaros disfarçados de
peixes voadores)
dizem eles que a
felicidade está nos lábios de deus
quando a noite desce ao
mar da insónia.
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