Que faço a este coração
de chapa
pregado a
à procura do vento
que faço
a este coração sem dono
sem nome
sem palavras
à procura do vento
e das nuvens de brincar
no céu com estrelas de
papel
e noites de desencantar
que faço
a este cata-vento
alicerçado ao chão sem
alimento
este meu pobre coração
de chapa
com medo do mar...
(Que faço a este coração
de chapa
pregado a um finíssimo
fio de madeira
à procura do vento
que faço)
que faço aqui sentado
na pedra invisível do
destino
à espera de um rio sem
nome
sem coração
sem dono
a minha vida pregada a um
fio finíssimo fio de madeira
antes que o pôr-do-sol
coma o vento
e o meu coração
e o meu coração de chapa
comece a amar
e o meu coração de chapa
comece a sonhar...
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