Porque te escondes, deste
farol de onde se vê o mar
porque te sentas nas
manhãs de incerteza
que se afundam, no mar.
Porque te escondes, deste
farol sem maré
destes rochedos
indefinidos pelo tempo
quando a noite encerra as
cancelas do martírio…
Porque te escondes dentro
deste livro de poemas
à procura das palavras
envenenadas pela insónia
e se o vento vier, não te
escondas
deste farol
desorganizado, faminto das cobras.
Porque te escondes, deste
farol sem nome
que noite após noite
procuro um nome para ele…
Porque te escondes, deste
alpendre
de onde se vê a lua.
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