Há uma cidade com janelas
de vidro
tem ruas e pessoas
há uma cidade com jardins
invisíveis
e marés transparentes...
que nem todas as pessoas
as pessoas dessa cidade
… há uma cidade
que nem todas as
conseguem olhar
como persianas marteladas
em papel hortelã,
Há marinheiros
filhos da cidade
vagabundos dos mares
inavegáveis como rochas íngremes nas estradas de brincar...
há uma pobre cidade com
braços de porcelana
e palmeiras
e pássaros...
há uma cidade em
penumbras madrugadas
uma cidade embriagada,
Há uma cidade que
renasceu do teu olhar sobre a ponte inoxidável...
uma cidade com seios
prateados e coxas de plátano...
há conversas perdidas nas
sombras desta cidade
uma cidade com beijos de
lábios em néon imaginário
e pássaros
e palmeiras
há uma cidade com janelas
de vidro
e toalhas de linho...
sobre a mesa nocturna dos sexos débeis das flores perdidas na calçada...
Sem comentários:
Enviar um comentário