acreditava que todas as
flores
acordavam com a primavera
acreditava que todos os
sorrisos
tinham lábios encarnados
e olhos verdes
acreditava que existia um
rio
em cada rua da cidade
acreditava que todos os
barcos
tinham um coração de oiro
acreditava que todas as
flores
voavam sobre os jardins
suspensos da manhã
antes do meio-dia
acreditava no amor
que vivia dentro das
palavras
que viviam dentro dos
livros
que dormiam numa qualquer
biblioteca
acreditava que todas as
flores
acordavam com a primavera
que todas as janelas se
abriam
quando regressava o
cheiro da morte
ao cemitério da saudade
acreditava ingenuamente
na primavera
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