sexta-feira, 27 de setembro de 2024

À espera de que acordem as palavras da tua mão

 

Tristemente desiludido

com as palavras da tua mão

perdido

eu

sem coração

 

tristemente suspenso no céu

abraçado à dor em sofrimento

amor

levado pelo vento

 

as viagens até aos teus sonhos

perco-me quando os meus pés poisam na solidão de um barco

enferrujado

não amado moribundo contribuinte sem nome morada namorada flores no meu jardim

cansado

torturado

na imensidão do espaço opaco das abelhas

da lua as clarabóias do destino inexistente

 

tristemente

eu

perdido nas planícies da insónia

não sente

ela

os fluidos derramados nas praias invisíveis sem memória

 

sem coração

levado pelo vento

 

eu

 

à espera de que acordem as palavras da tua mão.

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