terça-feira, 13 de agosto de 2024

 

éramos treze e todos fumávamos haxixe. nenhum de nós pretendia ser apóstolo, apenas de vez em quando

subíamos à copa das árvores e voávamos sobre o tejo.

repartíamos cada migalha, cada pedacinho

e bebíamos uísque, de sacavém.

o tejo, era um monstro vestido de paneleiros, e de putos

em busca do tempo perdido e de alguns trocos.

líamos o medo de al berto, e um de nós deitava as cartas, adivinhava-nos o futuro depois,

do tejo se extinguir na madrugada.

eu que ia ser cacilheiro, e teria muito sucesso

entre margens; hoje, hoje apenas tenho na mão, o medo. de al berto.

éramos treze, e hoje, hoje somos apenas poucos, para tantas travessias…

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