éramos treze e todos fumávamos haxixe.
nenhum de nós pretendia ser apóstolo, apenas de vez em quando
subíamos à copa das árvores e voávamos
sobre o tejo.
repartíamos cada migalha, cada pedacinho
e bebíamos uísque, de sacavém.
o tejo, era um monstro vestido de
paneleiros, e de putos
em busca do tempo perdido e de alguns trocos.
líamos o medo de al berto, e um de nós
deitava as cartas, adivinhava-nos o futuro depois,
do tejo se extinguir na madrugada.
eu que ia ser cacilheiro, e teria muito
sucesso
entre margens; hoje, hoje apenas tenho
na mão, o medo. de al berto.
éramos treze, e hoje, hoje somos apenas
poucos, para tantas travessias…
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