cada vez te odeio mais,
ranhosa manhã que alimenta os volantes tímidos dos motores em papelão, que
pincelados de alegria,
se transformam em chuva
cada vez te odeio mais,
ranhosa
água que se esconde
dentro de um vidro, vidro esse, que no passado
era o meu rosto
vestido de noite
cada vez mais te odeio,
ranhosinha
(primeira parvoíce do
dia: odiar)
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