domingo, 28 de julho de 2024

 

o baloiço é um campo magnético, e eu sou uma pedra, e ele é e masturba-se nos finos dedos da noite

sabes, todas as estrelas são em papel.

um livro que não sabe o que está a fazer sobre a minha mesa-de-cabeceira, uma garrafa de água que foi a criança mais feliz das terras de dongo de da matamba. eu. que escrevo e vejo do outro lado da rua

uma mulher nua, à janela. sobre o peitoril, uns finos e pequenos seios cinzentos, aprisionados ao soutien a cada último sábado do mês. hoje.

a lua, assim-assim, quase a desmaiar. o sexo dele

cresce por entre os calções de vento quase ao final da tarde,

e que tarde,

as abelhas mergulhadas no mel.

feldspato adeus, o milagre. sítios incríveis para colocar sobre a secretária,

e ele,

em frente ao espelho,

observa o sexo feroz capaz de correr um ano-luz em cada segundo. o piqueno, enlouqueceu. tudo indica que sim, sim senhor

- como te chamas?

- qual é o seu nome?

 

sobre a mesa,

 

um rio de vida.

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