aqui. primeira pessoa a acordar. aqui, quase dia ou quase noite,
daqui me despeço,
ausente,
milhões de bocas, gritam
e não sabem o preço do
medo.
um dia serei pó. milagre.
acorda a lua envergonhada, deita-se a insónia sobre o pão, triste, este
silêncio de avestruz, gaivota sobre o mastro doente, a promessa
daqui,
morro.
ergo-me da areia fina do
mussulo, carrego sobre os ombros, um barco, mas
não sabemos quantas
palavras tem
uma jangada de vidro.
sinto-te porquê depois do
jantar, mistura-se com as plantas e com as abelhas,
foges-me.
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