A cena passa-se numa esplanada.
uma mesa, quatro cadeiras,
apenas uma cadeira está desocupada,
estão sentados à mesa, um poeta, o migo
do poeta e um livro de poesia
o poeta sorri e diz; está um lindo dia.
O amigo do poeta, diz; tenho mais dias
infelizes, do que felizes, no final de cada mês,
e quanto ao livro de poesia,
folheava-se nos dedos da sombra.
A cena passa-se numa esplanada.
Um pedaço de sombra, dispara uma
espingarda,
o livro de poesia, tomba no pavimentado
chão.
O poeta, deita a mão ao peito, e exclama
baixinho: já não tenho coração.
O amigo do poeta, ao ver toda aquela
cena, levantou-se, puxou de um cigarro…
E deitou-se no chão como se fosse uma
pedra, à procura de uma mão.
Então, depois do pôr-do-sol, os três
homens levantaram-se, poisaram as mãos na algibeira,
alguém gritou;
fujam, fujam que hoje não é sexta-feira.
(Francisco)
11/04/2024
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