Amo-te e a noite é um Inverno de insónia, é uma mentira que habita o meu corpo
é uma palavra na míngua
madrugada, esplendor exacto do realismo metafórico do meu olhar
parvamente, amo-te
Pravamente, desejo-te
mas a noite não foge de
mim, como foges tu das minhas mãos,
incremento metálico
quando um parafuso de pressão mergulha nos meus lábios
uma viga alveolar me
consome
me mata
e amo tanto esta viga
como te amo tanto neste
inferno de insónia
Amo-te e aproveito para
inventar o momento flector desta viga na ardósia da Primavera, esta flor te a
vou oferecer, e como eu adorava, desenhar esta flor na tua doce pele
No teu doce silêncio
amo-te acreditando
acreditando que também me
amas
só que de uma maneira
diferente de amar
como a poesia
eu amo-a
tu também a amas, eu sei
Amo-te.
(Francisco)
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