A solidão que dói
nas mãos do xisto com dor
a montanha em lágrimas
sem sorrisos
nem flor
o corpo sem amor
a ribeira sem água
a solidão que dói
dói até ficar noite
e todas as coisas belas
belas morrerem
no silêncio da calçada
a solidão que dói
ai tanto que dói
o fingimento também dói
dói ao rio sem veleiros
a solidão que dói
nas mãos do xisto com dor
do céu sem estrelas
nem flor
o corpo sem amor
a solidão que dói
dói e não tem dor.
(Francisco)
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