Não apitam mais
os barcos dos teus lábios
no mar da tua boca
com maré de beijos
e frestas de solidão
não vou olhar mais
o rio de feitiço
que corria nas tuas mãos
sonâmbulas nas tardes sem poesia
não apitam mais
os barcos dos teus lábios
a pedra da saudade
(junto ao rio que corria nas tuas mãos)
a pedra
abandonada nos barcos
que deixaram de apitar
nos teus lábios de Primavera.
(Francisco)
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