quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

PoeAmar

 

Ranhosa prosa, és

Ramo serpente quando o veneno do silêncio parece não existir na primeira lágrima do teu sorrir,

Lágrima de incenso, purificador poema e depois vem a última vírgula dos teus cabelos,

E depois vem o teu beijo.

 

Ranhosa prosa lágrima, és

Sei que sou um desajeitado quadrado no fundo do mar, sei que este barco que me abraça quando a noite é um farol, é apenas uma pestilência madrugada.

Sei que os teus olhos são uma pétala lua onde o cansaço mergulha nesta terra lavrada, desta terra (poeAmada).

 

Ranhosa prosa lágrima desejar, és

Invento em ti a cidade de cartão com janelas de desejo, invento em ti o ramo serpente que a escuridão desenha na estrela da tua boca, e sei que dentro de mim, no meu centro de massa, a tua voz ilumina o meu caminhar…

 

Tão lindo, este poemar,

Tão belo este verbo de (poeAmar).

Mas eu sou um inventor;

Não sou poeta, sou quase engenheiro de parafusos e de flores apaixonadas pela Primavera,

Sou quase água, sou quase palavra,

Invento em ti a ranhosa prosa lágrima,

Invento em ti, este triste caderno.

 

28/2/2024

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