Um casebre que é o rendimento do
trabalho
Diz o Raimundo
Quando os grupos económicos são
mastigados
No orgasmo do emprego vivo
Porque também há o emprego morto
Paineleiros deste painel de populistas
Que nos querem vender doenças
E estão à espera que o casebre se
transforme em geada
Cinco mil euros a cada bebé que nasça
Que nos livre o Livre
Que também eu queria ser bebé
Que também eu queria ser livre
Circunscrito às famílias sós
Em que o único abraço de que dispõem
São quatro janelas
E um periquito afónico
Vamos taxar as grandes heranças
Oiço
Os filhos das filhas dos filhos da manhã
São enormes
São alegres
E prejudicados
Porque uns podem
E porque outros não podem
O Montenegro já chegou à rádio
Um pouco fora de mão
Um pouco atrasado
O Ventura não apareceu
E graças a Deus
Começou o debate
Já perguntaram aos poetas o que pensam?
Será que os poetas querem cinco mil
euros para os bebés
Ou se querem taxar as grandes heranças
Ou se querem procissões de fé
E torresmos de água fresca
Os poetas precisam de versos
E precisam de musas.
Não precisam de bebés.
Não precisam de grandes heranças.
26/02/2024
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