Dá-me a tua mão, nunca
esqueças as palavras que te escrevi
Dá-me a tua mão
Até que a lua se despeça
de tudo aquilo que sofri
Até que a lua não seja
mais solidão.
Dá-me a tua mão, e sinto
que a madrugada
Foi ver a nascente do rio
Subiu a montanha, ficou
cansada
E sobre o azeite, o pavio
Que ilumina a casa. Pareço
um pequeno pássaro sem voar
Pareço uma pedra suspensa
nos teus lábios de mel
Ou uma serpente que quer
devorar
A casa. Dá-me a tua mão,
ilumina a sanzala
Dá-me a tua mão e escreve
nesta folha de papel
O segredo desta bala.
28/01/2024
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