Suicido-me a cada poema
que escrevo,
Morro, a cada manhã que
acordo,
Sinto-me um pêndulo
desgovernado,
Muito triste,
Muito cansado,
Suicido-me a cada sonho
de ti,
A cada olhar,
A cada noite perdida.
Suicido-me em frente a
esta lareira,
Suicido-me a cada desenho
que faço,
A cada tarde junto à
ribeira,
Suicido-me no teu abraço,
Nas tuas mãos.
Suicido-me nos teus cabelos,
E percebo que as estrelas
são de papel,
Que as estrelas pertencem
aos teus olhos
E aos teus lábios de mel.
Suicido-me nas palavras,
Suicido-me neste poema,
Nesta cama,
Com janela para o mar…
Suicido-me no teu luar.
Suicido-me a cada poema
que escrevo,
Morro, a cada manhã que
acordo,
Sinto-me um pêndulo
desgovernado,
Muito triste,
Muito cansado,
Suicido-me neste corpo
embriagado.
17/12/2023
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