Condenaram-no à morte
Porque escrevia poesia
Porque não tinha sorte
Em cada novo dia
Sentaram-no na eléctrica cadeira
E engravataram-no a
preceito
E ele coitado imaginou-se
junto à ribeira
Em busca de jeito
Para ligar
O interruptor
Trazer da distância o mar
E todos os barcos doentes
Depois… depois fingiu ser
doutor
Doutor dos dentes
20/12/2023
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