Não te peço,
Imploro-te,
Não te peço, mas
imploro-te que me perdoes,
Pedacinho de mar
Que se esconde no poema,
Sílaba do meu saber,
Constante adimensional,
Raiz quadrada da manhã,
Não te peço,
Imploro-te,
Não te peço, mas imploro-te
que me perdoes,
Pássaro do meu jardim de
cartão,
Fotografia do silêncio,
E este cansaço que não
cessa,
E esta fogueira que não
acorda…
E me leva.
Não te peço,
Imploro-te,
Não te peço, mas
imploro-te que me perdoes,
Personagem dos meus
textos,
Geometria da paixão,
No quadrado,
Do círculo,
Da equação de Deus,
Que me leve…
Não te peço,
Imploro-te que me
perdoes,
Gaivota da manhã,
Junto ao mar de S.
Martinho do Porto,
Não te peço,
Imploro-te…
Que perdoes a minha forma
estranha de viver,
Das palavras,
Nos rabiscos que só as
minhas mãos conseguem perceber…
Não te peço,
Imploro-te,
Não te peço, mas
imploro-te que me perdoes,
Todas as coisas visíveis
E invisíveis,
Como os teus olhos de mar
E os teus lábios de mel.
16/11/2023
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