Abraça-me,
Abraça-me noite
incandescente
Dos lábios em luar,
Abraça-me,
Estrela cintilante…
Na boca do mar.
Abraça-me,
Insónia tempestade,
Abraça-me silêncio das
palavras,
Dos poemas e da saudade,
Abraça-me enquanto estão
vivas
As tristes madrugadas.
Abraça-me,
Mulher negra da minha
terra de embondeiro,
Abraça-me,
Abraça-me meu destino
peneirento…
Enquanto as árvores
morrem
E choram junto ao
ribeiro.
Alijó, 18/05/2023
Francisco Luís Fontinha
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