Se perguntarem por mim,
Não estou,
Lamentamos muito,
Partiu,
Fugiu,
Esconde-se hoje dentro de
uma lágrima de luz,
Se perguntarem por mim,
Não estou,
Sou uma pequena asa de
vento
Que voa sobre a cidade
Das tristes noites sem
luar,
Quando o meu poema morre
de saudade,
Se perguntarem por mim,
Não estou,
Lamentamos,
Muito,
Lamentamos muito…, mas
ele morreu
Nas mãos daquela cidade,
Se perguntarem por mim,
Não estou,
Sou aquela equação de ausência
Que brinca no pequeno
quadriculado caderno,
Que teve muitos sonhos…
E hoje, hoje esconde-se
dentro de uma lágrima de luz.
Alijó, 06/05/2023
Francisco Luís Fontinha
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