Invento o sono,
Invento a ausência do
sono,
E semeio-os nesta pequena
folha em papel,
Invento o sono,
Invento o silêncio do
sono,
Quando a insónia pertence
ao nada…
Dos círculos mortos,
Faço uma jangada,
Passeio-me pelas ruas…
Acreditando que sim,
Ou que não,
E não quero saber…
Invento o sono,
Desenho-o nos meus
lábios,
Escrevo-lhes pequenos
pedaços de solidão…
Depois,
Depois a cancela da
noite,
Abre-se,
E todos os animais são
livres,
Do sono,
Dentro do sono.
Invento o sono,
Talvez apenas algum do
sono,
Escrevo-lhes,
Atiro-lhes com pedras…
E desenho-os na face da paixão.
Francisco
26/05/2023
Sem comentários:
Enviar um comentário