sábado, 22 de abril de 2023

Tejo

 

Deste rio,

No Tejo onde enterrei as minhas palavras,

Deste rio onde me sentava…

E desenhava no horizonte

As janelas de um novo olhar,

 

Neste rio onde fumava

As palavras que enterrava,

As palavras que semeava,

Deste rio…

Dos cacilheiros da alvorada,

Onde me sentava,

Deste rio…

No Tejo que em mim acreditava,

Neste rio,

Deste rio…

Neste rio de nada,

 

Do meu Tejo,

Rio que ainda me corre nas veias,

Deste rio sonâmbulo,

Do rio que habita nos meus lábios,

Quando o beijo,

Deste rio,

No desejo,

No Tejo acreditava…

Enquanto procurava a minha amada.

 

 

Alijó, 22/04/2023

Francisco Luís Fontinha

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