Deste rio,
No Tejo onde enterrei as
minhas palavras,
Deste rio onde me sentava…
E desenhava no horizonte
As janelas de um novo
olhar,
Neste rio onde fumava
As palavras que
enterrava,
As palavras que semeava,
Deste rio…
Dos cacilheiros da
alvorada,
Onde me sentava,
Deste rio…
No Tejo que em mim acreditava,
Neste rio,
Deste rio…
Neste rio de nada,
Do meu Tejo,
Rio que ainda me corre
nas veias,
Deste rio sonâmbulo,
Do rio que habita nos
meus lábios,
Quando o beijo,
Deste rio,
No desejo,
No Tejo acreditava…
Enquanto procurava a
minha amada.
Alijó, 22/04/2023
Francisco Luís Fontinha
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