Escrevo, bebo, fumo
merdas estranhas,
Fodo e sou fodido,
Enquanto estra pedra me
olha,
Enquanto esta pedra
pertence ao meu olhar…
Enquanto esta pedra é só
minha.
Escrevo, bebo, fumo
merdas estranhas,
Não rezo, porque nunca
soube rezar,
Tão pouco acredito num
Deus criador e todo-poderoso…
E se Deus tivesse criado
alguma coisa,
Sem a menor dúvida,
A sua maior obra foi ter
criado a mulher e a vagina.
Escrevo,
Bebo aquilo que fumo,
Fumo aquilo que bebo;
E depois de eu partir,
Quando o meu corpo for
apenas poeira…
Esta pedra continuará a
olhar-me,
Como eu a olho…
Porque as pedras também
são belas,
Porque as pedras também
são amor…
O amor de uma pedra,
A pedra do amor.
Alijó, 23/04/2023
Francisco Luís Fontinha
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