Em que penso
Em nada
Penso que gostava que
todos aqueles objectos
Amontoado de coisas e
loisas…
Literalmente na fogueira.
Penso na alegria
De me sentar numa pedra
Uma pedra simples
E sorrir
Enquanto tudo arde.
E penso que ainda te amo
Claro que ainda te amo…
O facto de teres partido
Nunca deixarei de te amar
Mas odeio tudo aquilo que
te pertenceu.
Odeio olhar-te dentro de
um caixilho
Nem sequer te olho e
finjo que não te olho
Odeio todas as coisas que
foram tuas
E também odeio as minhas
coisas (todos os meus livros)…
E não faço nada do que me
pediste…
E o que faço
Faço-o ao contrário daquilo
que me pediste.
15/04/2023
Francisco Luís Fontinha
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