Do vosso servo que sou,
Enquanto a luz brinca nos
teus lábios,
Ponte para a eternidade,
Sobre o rio que se lamenta…
No esconderijo da
saudade,
Que vem
E não voltará mais ao
castelo,
Nem a esta pobre cidade,
Do vosso servo,
Que fui
E sou,
A sombra nocturna das lívidas
paredes de xisto,
Corro para o mar
E sento-me sobre as ondas
do teu cabelo,
Há um barco que me quer
levar…
Mas não sei se o meu
corpo é uma pedra
Ou uma pequena lágrima de
sono,
Tão pouco sei…
Se o meu corpo vai
aguentar
Esta longa viagem,
Do vosso servo,
Que fui
E sou,
Deixo-vos a maquinação sonolenta
das noites invisíveis.
Alijó, 12/02/2023
Francisco Luís Fontinha
Sem comentários:
Enviar um comentário