segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Gaivotas da minha terra

 

Onde habitam as gaivotas da minha terra

E poisavam na minha mão,

Onde brincam as árvores que subiam a serra,

E hoje, todas elas, tombadas no chão,

 

Onde se escondeu o mar

Da minha terra, da minha imaginação,

Onde andam os silêncios de luar

Que eu tinha no coração,

 

E hoje, não passam de papel amargurado…

Onde estudam as gaivotas acorrentadas

Que eu tinha embalsamado,

 

E dormiam suspensas nas mangueiras,

Onde habitam as gaivotas inventadas

Que a minha terra transformava em feiticeiras.

 

 

Alijó, 17/10/2022

Francisco Luís Fontinha

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