Tenho um nome
Suspenso na maré
madrugada,
Tenho um sorriso
desenhado
No silêncio da espuma
cansada.
Ó mar,
Marinheiro acorrentado à
tarde,
Barco em papel,
Murmúrios entre
esqueletos vazios
E, valentia.
Tenho um nome
Alicerçado ao tempo
infinito,
Morte,
Desejo;
Minto.
Perdão, meu senhor,
Este corpo lamenta o nome
prometido,
Às portas da cobiça,
Quando a maré,
Mentirosa em mim,
Se deita nos teus seios
de cetim.
Esqueço.
Prometo prometer,
Que amanhã, pela tarde,
Vou em ti escrever,
As palavras de nada,
Nas palavras em lata.
Ó mar, água salgada,
Menino de luz,
Na pedra semeada,
Ó mar, mar das cores
iluminadas,
Barcaça…
Sílabas espancadas.
Ó mar,
Quão amor; pedras
cansadas.
Francisco Luís Fontinha,
30/08/2020
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