Neste
cansaço dia
Sinto
o abraço da alegria,
Sou
um homem desajeitado
E
sem sono,
Sou
uma pedra imperfeita,
Sou
uma nuvem desfeita…
E
este corpo ancorado,
E
este corpo cruxificado ao teu olhar madrugada,
O
feitiço de amar,
Na
planície magoada
Pela
bela trovoada…
Sou
um homem desiludido com a cidade dos Deuses Tristes de Morrer…
Uma
amêndoa apodrecida jaz sobre a minha mão de escrever,
Sempre
me recordam as cinzas do teu silêncio amanhecer,
Neste
cansaço dia
Sinto
o abraço sem perceber o que sentia,
As
albufeiras da solidão
Descem
a montanha até ao meu coração,
Irritado,
Sou
uma pedra de granito
E
grito…
E
sinto sem sentir…
A
alegria de sorrir,
Na
tristeza do grito.
Francisco
Luís Fontinha
Alijó,
24 de Junho de 2017
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