sábado, 6 de agosto de 2016

os olhos do teu prazer


descem a ribeira

os olhos do teu prazer

trazem na mão a tristeza

e o mar a arder

sinto o palpitar do meu coração

numa simples gota de suor…

deitada nas sombras dos aciprestes

descem a ribeira

as montanhas desertas

cansadas de viver…

que este corpo desenhou

nas palavras de escrever

descem a ribeira

os trilhos pedestres

dos abutres desgovernados

tristes

apavorados…

pela solidão da tempestade.

 

Francisco Luís Fontinha

sábado, 6 de Agosto de 2016

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