sábado, 8 de novembro de 2014

Barco encalhado na tristeza morta


A tristeza morreu
no vão de escada sem saída
o esqueleto meu
dançando nas palavras sem vida
a tristeza é uma prostituta sem destino
uma cidade esquecida num qualquer subúrbio onde brinca um menino
a tristeza que se alicerça aos braços do barco encalhado
e o rio o acolhe e alimenta
como um filho
como um... como um filho empalhado
ele sorri e canta as canções de amar
a tristeza não sabe que existe uma bandeira oblíqua
uma bandeira com sabor a mar
e um País distante...
o País da saudade
porque a tristeza... porque a tristeza morreu sem vaidade.



Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sábado, 8 de Novembro de 2014

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