terça-feira, 23 de setembro de 2014

Da paixão


Nunca soube quem eras
o que fazias
nunca soube a quem pertencias...

nunca soube se em ti existiam
tristezas
… ou... ou alegrias

nunca soube nada do teu sorriso sonolento
se sonhavas
se eras apenas o alimento

da paixão

nunca quis saber o teu nome
se é que tens nome
um corpo
se é que tens corpo
nunca
nunca percebi o colorido dos teus lábios
nunca quis escrever-te
cartas
ou... ou pequenas palavras
de silêncio
das palavras de nada
nas palavras envergonhadas

da paixão.


Francisco Luís Fontinha – Alijó
Terça-feira, 23 de Setembro de 2014

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