domingo, 7 de setembro de 2014

Anónimo duplicado


O homem das sete cabeças dentro do teu corpo,
prisioneiro nas tuas veias,
enrolado em fios de seda...

Um anónimo duplicado,
sem voz,
sem medo...
em pecado,

O homem que se veste de sofrimento,
e se olha no espelho da dor,
caem-lhe as folhas caducas dos cinzentos cabelos,
e espera pelo vento...
na ponta dos dedos,
sem voz,
sem medo...
em pecado,

E o anónimo duplicado... não sente a cor do mar que brinca nos seus braços!


Francisco Luís Fontinha – Alijó
Domingo, 7 de Setembro de 2014

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