foto de: A&M ART and Photos
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oiço em ti a sonolência da tarde
ocorre-me desistir de sonhar
olhar-me ao espelho da incerteza
viajar pelos destinos caminhos que vão
ter ao mar...
oiço em ti
sonolentos mergulhos das andorinhas
repatriadas pela incensa escuridão
oiço em ti a sonolência da tarde
que baloiça nos teus lábios como
xisto pregado ao cansaço da noite
oiço
e não entendo os sinais perfumados das
sílabas embainhadas que deixamos na cidade dos nus...
pareço um pedestal à espera de uma
estátua
e sei que nunca mais haverá madrugadas
em flor
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha – Alijó
Domingo, 20 de Outubro de 2013
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