À via láctea da saudade
aporta a dor indesejada das veias
mergulhadas na insónia
das palavras semeadas nas avenidas
ruas desertas
cansadas
das meninas
sem janelas para as andorinhas do
silêncio eterno
quando dorme a cidade na tua mão de
marinheiro sem porto nem barco nem destino,
sem dinheiro
à via láctea da saudade
a viagem para a outra distante margem
funda
imunda
nos cigarros inventados pelo louco
jardineiro do amanhecer
quando dorme
sem janelas,
e sonha com o mar de pérolas
desenhadas na areia
funda
imunda
a saudade
na partida
quando cessa o regresso
e todas as árvores
e todas as árvores tombam sobre a
noite de ninguém...
(poema não revisto)
Sem comentários:
Enviar um comentário